A partir de agora, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Taquara - inclusive as do interior - contam com a presença de médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade. Ao todo, os 19 profissionais têm como principal função oferecer atenção primária à saúde, atuando diretamente na prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas condições que afetam a população em geral, de recém-nascido a idoso.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a atenção à saúde é organizada em três níveis: primário, secundário e terciário. O nível primário, onde a medicina de família se insere, é o primeiro contato do usuário com o Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerado a base da atenção à saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a falta de acesso a esse nível de atendimento é uma das principais ameaças à saúde global. A Medicina de Família e Comunidade desempenha um papel fundamental, já que, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 85% dos problemas de saúde podem ser resolvidos nesse nível.
Para todas as idades
Os médicos de família e comunidade atendem pacientes de todas as idades e com diferentes necessidades, abrangendo desde crianças até idosos, gestantes e puérperas. “Diferentemente dos clínicos gerais, que tratam apenas de adultos, esses médicos têm uma formação mais ampla, que inclui a residência de dois anos após a graduação em Medicina. Durante esse período, eles se especializam em áreas como saúde coletiva, medicina preventiva e epidemiologia”, explica a secretária de Saúde de Taquara, Loreni Spirlandelli.
Além da qualificação técnica, os médicos de família e comunidade são responsáveis por conhecer as condições de vida dos pacientes, incluindo fatores como o saneamento básico e o acesso à informação. "O conceito de saúde vai além da ausência de doenças, envolve o bem-estar, o ambiente onde o indivíduo vive e suas relações de trabalho", reforça Loreni Spirlandelli.
ESF no combate a 80% dos problemas
Os profissionais atuam em equipe nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) realizam uma abordagem mais integrada e personalizada. “Essa abordagem tem como objetivo resolver até 80% dos problemas de saúde da população, evitando sobrecarga de Unidades de Pronto-Atendimento e hospitais”, garante Loreni.
“Com essa ampliação de atuação, o Município busca reforçar a atenção à saúde da população, promovendo cuidados mais próximos e resolutivos desde a atenção primária”, finaliza a secretária.